quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bíblia e Juventudes no Rio Grande do Sul


Nos dias 12 e 13 de junho do corrente ano, aconteceu – no CEPA (Centro de Espiritualidade Padre Arturo Paoli), São Leopoldo, RS – o primeiro curso sobre Bíblia e Juventudes, promovido pelo CEBI/RS em parceria com a ONG Trilha Cidadã. O encontro reuniu cerca de 16 jovens de diferentes regiões do nosso estado, representando denominações cristãs diversas (ICAR, IEAB e IELB).

Num primeiro momento, de acolhida e reflexão, fomos motivados(as) a pensar sobre os conceitos que trazemos tanto de Bíblia quanto de juventudes a partir da nossa realidade, e em seguida compartilharmos com o grupo.



Durante todo o encontro, trabalhamos o texto de Jonas. Primeiro, fizemos uma leitura literal, contextualizada em sua época. E só então, buscamos aproximá-lo às nossas realidades, à realidade dos jovens. A princípio, tivemos muita dificuldade para vermos a juventude no livro de Jonas, mas, iluminados pelo nosso assessor José Luiz Possato, desconstruindo conceitos há muito enraizados em nós, descobrimos que, nas palavras do próprio, “em vez de sair procurando jovens nos textos bíblicos, devemos realizar outro esforço: o de lançar um olhar juvenil sobre as Escrituras. Isto porque a imagem de que os bons exemplos bíblicos são jovens ainda alimenta o conflito entre estes e os adultos, invertendo-se apenas os papéis. O olhar juvenil busca identificar os problemas próprios de sua realidade com as situações vividas nos textos e avalia se as soluções apresentadas lá podem iluminar as ações aqui, no presente.”

No domingo, o Pe. Edson Thomassin continuou o estudo sobre o texto e nos incentivou a rever o caminho que fizemos (método) para chegar à conclusão do texto numa perspectiva jovem.

Ainda fomos auxiliados pelo Jorge, também assessor do CEBI/RS, e o Márcio Frare, membro da Pastoral da Juventude da Igreja Católica Romana.

A experiência da convivência ecumênica, a partilha da realidade de/com outros jovens que também acreditam num outro mundo possível, nos animou na caminhada e na prática da solidariedade.

Esse tipo de partilha enriquece nossas almas, fortalece nossa relação com Deus e nos ensina a amar e respeitar mais e mais cada pessoa como ser único e digno. E, principalmente, nos ensina a pensar jovens como membros atuantes e agentes de transformação social.

Convido a todos(as) a se juntarem a nós!

Mª Cláudia Gastal Ramos

Pastoral da Juventude – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)

REJU/Sul