quinta-feira, 30 de junho de 2011

10º CURSO ECUMENICO DE PASTORAL POPULAR



CARTA DE SANTA CRUZ DO SUL

Com a bandeira do fortalecimento da cultura solidária e emancipatória, nos reunimos em Santa Cruz do Sul, RS, na Casa de Retiros Loyola, para vivenciarmos o diálogo entre o Movimento Ecumênico e a Educação Popular. Entre os dias 23 a 26 de junho de 2011, o 10º Curso Ecumênico de Pastoral Popular, reuniu fraternalmente em torno de 60 participantes; cristãos e cristãs de diversos lugares, de diferentes áreas de formação e atuação, e de várias denominações religiosas.  Celebramos e refletimos nossa prática pastoral e pedagógica e a relação entre o individual e coletivo.
Iniciamos os trabalhos com uma abordagem sintética dos passos e tendências da Educação Popular ao longo das últimas décadas. A análise de conjuntura nos possibilitou olhar a realidade do País e do Estado, especialmente o que afeta as organizações e movimentos sociais e populares. No âmbito eclesial/religioso procuramos compreender como estão vivas as Igrejas ao redor do mundo.

O resgate histórico de vinte anos, culminando na 10ª Edição do Curso Ecumênico de Pastoral Popular nos permitiu contemplar as sementes, flores e frutos que enriquecem a caminhada ecumênica. Para testemunhar a existência de diversos frutos que alimentam a vida e a esperança, acolhemos testemunhos sobre Economia Popular Solidária; Pedagogia da Alternância; Agroecologia; Reciclagem e os Dramas,Tramas e Manhas da População de Rua.
Para facilitar a abordagem transdisciplinar entre Ecumenismo e Educação Popular Emancipatória, tivemos um momento de aprofundamento e esclarecimento sobre os princípios e atualidade do Movimento Ecumênico.
Iluminados pelo texto do Evangelho segundo Mc 6,37–44, seguindo a pedagogia de Jesus, nos reunimos em pequenos grupos para apontar indicativos e tomar uma postura crítica frente ao individualismo e fortalecer a cultura participativa, solidária e emancipatória.
Os desafios apontados durante o curso circulam em dois eixos: o diálogo entre Ecumenismo e Educação Popular; e a relação entre individual e coletivo. Grupos se formaram por identidade: pastorais sociais, ecumenismo, ações sociais e educação formal e não formal. Diante desse processo organizamos nossa agenda de compromissos:
  • Estabelecer rede de socialização de práticas e rever nossas identidades;
  • Buscar espaços de reconhecimento;
  • Comprometimento com agendas já propostas, tanto em âmbito público como eclesial;
  • Inserção na e com a Rede Ecumênica da Juventude;
  • Cuidado com a natureza e apoio à agroecologia;
  • Partilhar experiências ecumênicas e animar lideranças eclesiais (clero e leigos/leigas).
Ainda outros compromissos foram elencados e estão relacionados na publicação do próprio curso.
Nosso encontro foi marcado por fortes momentos de espiritualidade, animação, convivência e partilhas de experiências, ideais, sonhos, referenciais teóricos e projetos. Através da simbologia da natureza, terra – semente – flores – fruto – fogo – água - árvore, celebramos a transformação da vida e o fortalecimento da cultura da solidariedade, da fraternidade e da Unidade. J



Edoarda S. Scherer
Facilitadora REJU Sul

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