segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A REJU participa do Fórum Social Temático em Porto Alegre

Durante os dias 24 a 29 de janeiro de 2012 distintos setores da sociedade se reuniram em Porto Alegre, no Fórum Social Temático. Na pluralidade de bandeiras e lutas se propôs discutir e prever uma agenda comum em torno das questões que indignam grande parte da população confrontada com as injustiças e desigualdades sociais presentes frente ao cuidado ao planeta.
E neste contexto, diante de esperança, superação e conquistas que se questiona: Quais são as perspectivas que permanecem após dias de debate, reflexão e prática? - Com a palavra, a juventude ecumênica:

“(...) Permeados pelos assuntos Sustentabilidade e Carta da Terra os discursos instigaram reflexões fundamentais para a participação na Rio+20. O que se torna mais relevante é o fato que preocupa a todos e já o conhecemos: (in)sustentabilidade. Saí aos questionamentos e às inquietações, pois sei da tal política, mas sei mais ainda da sua ineficácia e figura demonstrativa de marketing. A questão que mais me intriga desde então provocada pelos discursos é: Sustentabilidade por quem e como? ”

Inauã Weirich Ribeiro, 19 anos – Pasune (Pastoral Universitária Ecumênica/ REJU- Sul)



“(...) A jornada no acampamento dos jovens permitiu reconhecer a diversidade política que o Brasil tem, principalmente, no caso dos estudantes universitários que fizeram do encontro um espaço para o debate e a troca de experiências. O planejamento de uma sociedade baseada em princípios de tipo democráticos e para sua consideração, socialistas. Por outro lado, a participação de outros países deixou no ambiente um verdadeiro interesse por a unificação de forças baixa a ideia do latinismo, ou seja, de construir a nossa identidade latino-americana baixo o principio fundamental do cuidado pela natureza e a critica ao capitalismo decadente. Finalmente, logrou-se pensar nas outras diversidades sociais, no caso das diferentes espiritualidades, o gênero e os assuntos relativos as novas subjetividades emergentes. ”


(José Joaquín Romero Basallo, 22 anos, Lic. Ciências Sociais-UPN- Colômbia, participante da REJU – Sul).














     “Participar do Fórum Social Temático que este ano abarcou as discussões sobre capitalismo e justiça social e ambiental foi para mim uma continuação do que vínhamos trabalhando em Durban, durante o encontro jovem de Eco-Justiça, promovido pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Federação Luterana Mundial. Este fórum foi, na minha opinião, a ponte entre a COP17 e a Rio+20, possibilitando novamente um espaço de encontro para fortalecer coalizões de movimentos ecumênicos e sociais, que terão um papel chave no processo, durante e depois da Cúpula dos Povos. Percebe-se que questões como eco-agricultura, economia verde, justiça ambiental e social estão no centro das preocupações destes movimentos, propondo uma mudança na lógica do ganho irrestrito de capital, em detrimento do social e ambiental. Lógica essa que permanece inalterada na chamada economia verde. Uma alternativa é evidenciada na economia solidária, que gera trabalho e renda com inclusão social. O Brasil tem, neste sentido, exemplos para outros países, aliando desenvolvimento a políticas de sociais.”

(Raquel Helene Kleber, 22 anos Estudante de Relações Internacionais, REJU - Sul ,com Boaventura de Souza Santos)

 Através dos relatos, como jovens, percebemos claramente que se faz necessário reinventar o mundo. O que não é plano futuro, consiste no hoje, em cada instante valorizado. O almejar da paz universal se faz real no respeito das diferenças, na proposta de cuidado à nossa Casa Comum. Uma ampla atitude ecumênica na qual a juventude é desafiada e já está motivada a ser protagonista deste processo. Nosso destino para 2012 está claro: Cúpula dos Povos, Rio +20. O novo mundo é o aqui, no agora. Que o façamos!

Edoarda S. Scherer

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