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REJU na 11ª Oficina de Inclusão Digital e Participação Social em Porto Alegre
Durante os dias 27 a 29 de novembro de 2012 realizou-se em Porto Alegre, RS, a 11ª Oficina de Inclusão Digital e Participação Social. Organizada inicialmente pelo Governo Federal atualmente conta com a coordenação do movimento social organizado. Reuniram-se agentes públicos e os movimentos que atuam em diversos espaços e buscam tornar acessíveis as tecnologias da informação, na configuração atual, pautando novas propostas de política de inclusão digital no país.
Com o intuito de discutir diretrizes de ações que promovam a apropriação das tecnologias digitais por todas as pessoas através de implantação de políticas públicas a OID (Oficina para Inclusão Digital e Participação Social) tem como eixo fundamental a discussão do acesso às novas tecnologias e a democratização da comunicação.
Representantes da Rede Ecumênica da Juventude, Daniel Mariano (REJU SP) e Edoarda Sopelsa Scherer (REJU Sul) participaram da programação e destacam que há um extenso debate sobre os diversos tipos de banda larga e muitos interesses tanto do setor público quanto do privado em se ampliar o controle do meio de comunicação, contudo é preciso perceber a importância do acesso à banda larga por todas as pessoas e, além disso, de entrelaçar a banda larga a outras mídias alternativas como rádios e tevês comunitárias.
Dentre as iniciativas, o acesso à Banda Larga e a manutenção dos Telecentros surgem como propostas que necessitam ser rediscutidas para sua efetividade. Enfatiza-se que inclusão digital necessita ser pautada nas discussões das políticas públicas enquanto compreendida como direito fundamental do cidadão. Por fim fica evidente que dentro da discussão do novo marco regulatório é fundamental que ele garanta a maior diversidade tanto no conteúdo quanto na produção, bem diferente do que existe hoje no Brasil.
Para saber mais sobre a 11ª Oficina de Inclusão Digital e Participação Social acesse o site:
http://oficinainclusaodigital.org.br
Edoarda Scherer e Daniel Mariano
REJU-Sul: Seminário Justiça Socioambiental e Mudanças Climáticas - Desafios e Compromissos
Agência Jovem
Confira a carta final do Seminário Justiça Socioambiental e Mudanças Climáticas: Desafios e Compromissos
“A consciência dos problemas ambientais não deve nos paralisar, mas ser um fator de motivação para a ação junto ao seu grupo ou comunidade.” (Arno Kayser)
Motivad@s pelo tema “Justiça Socioambiental e Mudanças Climáticas: Desafios e Compromissos”, nos reunimos nos dias 20 a 22 de novembro de 2012 em seminário na Faculdades EST, São Leopoldo (RS). O objetivo do seminário foi refletir o contexto de injustiças e de degradação ambiental e sua relação com a atuação em emergências – especialmente em gestão de riscos, reabilitação e desenvolvimento – a fim de fortalecer boas práticas já em curso, bem como perceber e assumir desafios para a promoção de justiça socioambiental.
Afirmamos que o atual modelo de desenvolvimento baseado na sociedade de consumo e na degradação ambiental está repleto de contradições. Estas contradições são produto do funcionamento normal desse desenvolvimento: a agricultura luta contra a natureza; a medicina luta contra as doenças; a paz é mantida pela guerra; o grande motor da violência está no tráfico de drogas, armas, pessoas, animais e plantas; os movimentos sociais são criminalizados. O valor máximo da liberdade é propiciado pelo consumo, esquecendo a igualdade associada à solidariedade. Superamos a ditadura militar e vivemos hoje a ditadura financeira, que manipula governos, Constituições e sociedades.
Percebemos que há a necessidade de pluralizar o conceito de desenvolvimento e de exercitar novas formas de produção e outros modelos de economia. Práticas exitosas relacionadas à justiça socioambiental e gestão de riscos a partir da sociedade civil confirmam que a vida se sustenta na diversidade, na reciprocidade e na pluralidade. Há várias formas de ser no mundo. No “círculo da vida” estão incluídos os animais e plantas, enfim todos os seres vivos.
A partir da reflexão sobre teologias e (in)justiças socioambientais, que envolvem realidades bem cotidianas e apontam para reflexões sobre os atuais modelos de desenvolvimento, afirmamos que é preciso falar algo a partir de nós, não algo pronto e imposto. O que queremos ensaiar é a compreensão de Deus, não de maneira metafísica, numa relação de dominação e regência da história e da criação, mas numa relação de comunhão, diversa e plural. E se o símbolo de outros discursos se dá em relações verticais, nós tomamos a ciranda – uma dança circular – como base. Nela estamos humanidade-criação-Deus. Pois, como apreendemos na tradição bíblica, nela existimos e nela nos movemos.
Assim assumimos como nossos compromissos:
Garantir e fortalecer o direito das pessoas de participar ativamente dos processos de construção de alternativas de desenvolvimento, através da valorização e fortalecimento de grupos e organizações já existentes, promovendo a ativa participação d@s ferid@s pelo progresso e a articulação e atuação em redes. Promover a incidência na esfera pública, mediante a capacitação e a articulação, o que inclui participar ativamente na divulgação e na defesa de um Marco Regulatório que seja mais favorável às organizações da sociedade civil.
Potencializar as relações de gênero, interculturalidade e ecumenismo na construção da justiça socioambiental, valorizando a sabedoria da cultura popular, suas histórias e religiosidades, reconhecendo o eixo comum que une localmente o trabalho em prol da Justiça Socioambiental. Dar visibilidade global aos projetos e construções locais, reconhecendo e se apropriando do acumulado de experiências que as instituições possuem na área de gênero, interculturalidade e ecumenismo. Denunciar, em uma articulação ecumênica, o que impera e impede a construção da justiça socioambiental, como a dívida pública.
Fortalecer nosso papel na gestão de riscos de desastres identificando as situações de vulnerabilidade e riscos locais, fortalecendo atitudes preventivas e capacitação para equipes de ação, bem como os órgãos como a defesa civil e conselhos municipais. Ressaltamos que identificamos como desastres, além de enchentes, vendavais, secas e queimadas, também o uso de agrotóxicos e acidentes.
Articular os espaços de nossas organizações para atuar em conjunto, favorecendo partilhas de experiências e incidência, através de seminários e encontros de troca de experiências, estimulando cursos de formação da base que priorizem como temas transversais, resiliência, reciclagem, relações de gênero e de gerações, sucessão vegetal e social. Formar redes com ações concretas integradas, fortalecendo as organizações da sociedade civil.
“As tarefas são muitas e há espaço para todo o tipo de habilidade ou conhecimento. Só se mexendo é que se descobre qual é o seu papel no processo.”(Arno Kayser).
São Leopoldo, 22 de novembro de 2012.
Pelos participantes do Seminário “Justiça Socioambiental e Mudanças Climáticas: Desafios e Compromissos”.
Promotores:
Fundação Luterana de Diaconia (FLD), as Faculdades EST, o Conselho de Missão entre Indígenas (Comin), o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA), o Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR) e Secretaria Geral da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).
Organizações Parceiras:
Fórum Ecumênico ACT Brasil, Rede Nacional de Adolescente de Jovens Comunicadores e Comunicadoras, CLAI Brasil, Obra Gustavo Adolfo, Rede Ecumênica da Juventude, DIACONIA, KOINONIA, Conselho Nacional da Juventude Evangélica, Ajuda da Igreja da Noruega, Igreja da Suécia, Federação Luterana Mundial, Conselho Mundial de Igrejas, EED.
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