quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ecumenismo, Ecologia e Vida: compromissos de uma Jornada Ecumênica

 “… derramarei o meu Espírito sobre toda carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões, e até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito…” Joel 2.28-29

Cerca de 300 pessoas, comprometidas com ações políticas transformadoras, vindos de todos os cantos se encontraram na 4ª Jornada Ecumênica nos dias 11 a 15 de novembro de 2010, em Itaici, na cidade de Indaiatuba/SP, unindo suas vozes, laços e abraços na formação ecumênica, reflexão, promoção, defesa e reparação dos Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca), visando o fortalecimento da cidadania, o aprofundamento da democracia e construir uma maior incidência pública e política (advocacy).
A beleza do encontro ficou por conta da diversidade de povos e tradições religiosas reunidas. A exemplo do texto motivador do profeta Joel, se fizeram presentes na Jornada, crianças, jovens, mulheres e homens de todas as idades e populações tradicionais (quilombolas e indígenas) de todas as regiões do Brasil e de outros países como Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Angola, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Peru e Reino Unido. Vieram trazendo suas vivências de organismos ecumênicos, igrejas, religiões de matriz africana e outras expressões de fé, organizações e movimentos sociais.
Sob o tema “Ecumenismo, Ecologia, Economia e Vida”, jornadeiros e jornadeiras se reuniram nas Rodas de Diálogos, divididos de acordo com a região de cada participante, para discutir em momentos distintos, cada um dos elementos da temática da Jornada. Nas rodas ficou premente a necessidade de se refletir mais e agir concretamente em torno das questões ecológicas, consumo consciente, valorização da economia solidária, cooperativismo, agricultura familiar, políticas públicas, redes, formação ecumênica e superação de preconceitos e intolerâncias. Alguns dos pontos amplamente discutidos na rodas de diálogos pautaram vários desafios já assumidos e outros que merecem a atenção do Centro de Estudos Bíblicos (CEBI). A reflexão de um grupo de diálogo dava conta de que “há casos de intolerância religiosa, as instituições eclesiásticas são mais reticentes do que os seus membros, mesmo o CEBI que nasceu na proposta ecumênica tem se ‘catolicisado’”. Também a Rede Ecumênica da Juventude (REJU) é desafiada a favorecer a promoção da participação dos jovens das igrejas, nos movimentos sociais, como espaço de vivência ecumênica e também o envolvimento das juventudes na questão ecológica e econômica, tanto no nível de debate quanto de ações concretas.
Nos finais de tarde, jornadeiros e jornadeiras e reuniam nos Grupos Autogestores, com o objetivo de partilhar as reflexões dos Painéis e Rodas de Diálogos, construindo ações concretas nos níveis local, regional e continental, envolvendo os diversos grupos e movimentos presentes na Jornada. Destas discussões saíram várias ações e metas para as diversas regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte, Nordeste e ainda Andina e Cono Sur) visando entre outras, a reflexão e ações em torno da ecologia, economia solidária, ecumenismo, educação popular e juventudes. As noites foram dedicadas aos Eventos Autogestináveis e Culturais, onde os membros de movimentos presentes aproveitaram para encaminhar suas atividades, a exemplo da Assembléia da REJU, seminários sobre “Sexualidade e Espiritualidade” e “Direitos Sexuais e Reprodutivos”, apresentações de documentários e momentos de descontração.
Os dois painéis de análise de conjuntura foram muito concorridos. O 1º Painel no dia 12, abordando o tema “Construindo a Justiça Socioambiental: Desafios Científicos, Teológicos e dos Povos”, teve a participação de Abraham Colque, reitor do Instituto Superior Ecumênico Andino de Teologia (ISEAT) e Secretário Executivo da Comunidad de Educación Teológica Ecuménica Latinoamericana y Caribeña (CETELA), Nancy Cardoso Pereira, pastora metodista e agente/assessora da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Tânia Pacheco, coordenadora executiva do Mapa da Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil, integrante do GT de Combate ao Racismo Ambiental e da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. A apresentação de Tânia Pacheco pode ser acessada no link http://racismoambiental.net.br/textos-e-artigos/tania-pacheco/a-4%C2%AA-jornada-ecumenica-e-o-mapa-da-injustica-ambiental-e-saude-no-brasil/ .
Jornadeiros e jornadeiras, representantes de movimentos sociais e governo federal se reuniram no dia 14 no 2º Painel, com a temática “A afirmação dos Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca) na Construção de Incidência Pública e Política”, que contou com a participação do representante do Diretório Nacional do MST, Marcelo Durão e do Ministro Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, além de Eliana Rolemberg (Cese) e Jorge Atílio Iulianelli (FE Brasil e KOINONIA). Por parte da família ecumênica, celebraram-se as conquistas de direitos do povo brasileiro nos últimos anos, reconhecendo, no entanto, as profundas desigualdades sociais a superar - a exemplo da reforma agrária - e a necessidade de se aprofundar a inclusão social, o cuidado com as juventudes e as gerações vindouras. Proclamou-se o compromisso de participar da promoção dos direitos humanos em todos os seus aspectos, conjuntamente com os movimentos sociais e o Estado, com a incumbência de promovê-los.  Marcelo Durão, representando os movimentos sociais apontou estratégias nas diversas esferas da sociedade e escalões políticos que visam criminalizar a atuação daqueles que lutam por justiça e reparação de direitos. Já o ministro Alexandre Padilha enfatizou o diálogo com os movimentos sociais como fundamental para a efetivação de um projeto de desenvolvimento comprometido com os direitos humanos, sociais, culturais e ambientais. Segundo Padilha, é a capacidade da sociedade brasileira de construir consensos sobre as políticas que vai fortalecer o nosso desenvolvimento, apontando para exemplos disso no processo de redemocratização, de estabilização econômica e de afirmação de que outro mundo é possível no Fórum Social Mundial. Para o ministro, a última eleição deu o recado de que a população não admite a visão de um país dividido regionalmente, entre concepções religiosas ou preconceitos.

                           

Na ocasião foi pautada uma agenda comum aos movimentos sociais que incluem: 1) o fortalecimento da participação das juventudes para o aprofundamento do processo democrático, na esfera pública do Estado e da sociedade civil, o que consiste também em desafio para a própria Rede Ecumênica da Juventude (REJU) e Rede Fale; 2) pressionar as esferas do Estado e gestar por meios próprios a realização de educação ambiental, no campo e na cidade, que valorize os saberes locais, em especial das comunidades tradicionais e das tradições religiosas nativas de matriz africana, que promovem a desmercantilização do meio ambiente; 3) somar-se a lutas concretas contra o racismo ambiental, como no caso das Barragens na Amazônia e no Rio São Francisco, ou como a dilatação do reconhecimento de territórios indígenas e quilombolas; 3) promover o desenvolvimento da economia solidária, como “consumo consciente”, fortalecimento de cooperativas de banco de sementes e articulações internacionais, como por exemplo, a rede de comércio justo e solidário, articulado à luta pela Reforma Agrária e pelo direito à moradia; 4) promover o uso democrático da comunicação, por meio do acesso participativo a todos os meios de comunicação, para tornar mais democrática e contra-hegemônica a cultura produzida; 5)fortalecer as relações ecumênicas com os movimentos sociais, na promoção e defesa dos direitos humanos.
Em relação ao Estado brasileiro, as demandas e considerações da 4ª Jornada, além de pontos específicos mencionados, foram: 1) o reconhecimento e garantias do direito à terra, água e território dos camponeses da agricultura familiar, das comunidades tradicionais quilombolas que são, conforme vimos, as principais vítimas da injustiça socioambiental, sobretudo provocada pelo avanço sem controle e devastador do agronegócio; 2) maiores informações sobre o processo de votação das alterações do Código Florestal e que o governo federal se posicione em favor da não aprovação dessas alterações que conferem maior poder ao agronegócio e “eco”latifundiários; 3) que o governo brasileiro, atenda aos efeitos das mudanças climáticas, já enfrentadas no Brasil, em todas as regiões, com sérios danos às populações; 4) a criação, pelo governo federal, de mais políticas de apoio à economia solidária, também por meio da capacitação e abertura de linhas de financiamento para os bancos comunitários de semente, bem como a ampliação da Reforma Agrária; 5) a promoção do combate a todas as formas de intolerância religiosa, disponibilizando para a população materiais didáticos sobre tema, apoiando as “Caminhadas contra a intolerância religiosa” e ampliando espaços, como os já existentes no Ministério de Saúde, no caso das políticas públicas de prevenção a DST-AIDS, de conselhos interreligiosos; 6) que o Estado brasileiro, reconhecendo que 70% dos jovens do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE) advém de uma vivência e formação religiosa, fomente um maior conhecimento da presença juvenil nas comunidades religiosas e crie mecanismos de apoio a redes que promovem a participação cidadã e democrática desta juventude das comunidades religiosas.
As juventudes, convocadas pela REJU, marcaram positivamente a Jornada, tendo um papel importante nas discussões e na afirmação dos Direitos (Dhesca) e com o desafio de criar uma consciência mais efetiva acerca destes pontos, Os “Abraços de Compromisso” assumidos pelos participantes da Jornada demonstraram que a juventude assumiu os maiores desafios em torno do ecumenismo, juventudes, ecologia, economia solidária, povos indígenas, redes, incidência pública, fóruns municipais, formação política. Jovens da REJU ainda fizeram um belo manifesto das juventudes ecumênicas na celebração final, onde ofereceram outros quatro compromissos de atuação nacional para 2011, o ano internacional da Juventude: 1) realizar, em organizações pertencentes à REJU, uma campanha contra o extermínio das juventudes, tendo como agentes do processo as(os) jovens pertencentes à rede ecumênica; 2) promover uma campanha, com produção de textos e vídeos criados pelas(os) jovens, em combate à intolerância religiosa, sendo realizada em comunidades de fé e em institutos educacionais; 3) acompanhar e fiscalizar - nos conselhos e fóruns juvenis, especialmente no CONJUVE - as políticas públicas para as juventudes realizadas pelo Governo Federal; 4) articular conferências livres de juventudes em comunidades de fé, movimentos e organizações sociais e organismos ecumênicos, buscando a participação das(os) jovens ecumênicas(os) na 2ª Conferência Nacional de Juventude.



                          

Josemar da Silva Alves - Igreja Evangélica Luterana do Brasil, IELB

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Centro Universitário UNIVATES promoveu Culto Ecumênico de Ação de Graças e Natal


Em contraponto à intensa e salutar atividade acadêmica, torna-se necessário parar, reconhecer que o conhecimento não se torna válido se não for administrado com sabedoria, destinado ao benefício pessoal e, principalmente, social. Enfatizando a partilha, agradecendo pelo bom ano que se finda, aguardando o Natal, o Núcleo de Cultura da Univates, Centro Universitário do Vale do Taquari, realizou na última sexta-feira, dia 26, o Culto Ecumênico de Ação de Graças e Natal.
O evento, que aconteceu no jardim, entre a Biblioteca e o Prédio 7, marcou, também, o início do período do Advento de 2010, sendo celebrado pelo Padre Antonio Puhl, pelo Pastor Oscar Miguel, e contou com a participação de acadêmicos nas atividade litúrgicas, além da apresentação do Coral Vocalize. A Reju esteve presente ao evento.

Saiba mais detalhes :

Edoarda S. Scherer- REJU- Sul


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ENTREVISTA DA REJU, NA RÁDIO INDEPENDENTE- LAJEADO RS

PROPAGANDO NOSSAS IDEIAS E AÇÕES

          Diante dos desafios apresentados e assumidos pela juventude a partir da 4ª Jornada Ecumênica Nacional, se faz necessário divulgar nossa proposta ousada, diante do contexto, a fim de promover os direitos da juventude, a partir de nossa realidade.
         A sociedade espera e busca compreender nossas dúvidas, anseios e objetivos, e principalmente o sentido do nosso agir, frente às propostas. Entre elas: a marcha contra a violência e o extermínio da juventude; e o combate a intolerância religiosa.
          Indo ao encontro dos que ainda desconhecem este nosso ideal de "Tornar possível o mundo habitável a todos e todas", a partir da prática ecumênica, partilho a divulgação das ideias e questionamentos propostos a REJU, em entrevista na Rádio Independente em Lajeado, RS.

Facilitadora da  REJU SUL na entrevista na Rádio Independente - Lajeado, RS,  fala das ideais e ações da REJU em 2011

Confiram no link:

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Carta de Itaicí: Palavras das Juventudes a partir da 4ª Jornada Ecumênica- ECONOMIA, ECOLOGIA E VIDA

Jornadeiros(as) 4ª Jornada Ecumênica Nacional, Itaicí- SP, 11 à 15 de nov. 2010

     
 PALAVRAS DAS JUVENTUDES ECUMÊNICAS

            REDE ECUMÊNICA DA JUVENTUDE – REJU
“E vossos jovens terão visões”

(Joel 2.28)
 
                    As Juventudes participantes da 4ª Jornada Ecumênica, reunidas em Itaici (São Paulo), representadas por meio de diversos movimentos, espaços eclesiais, redes e instituições não-governamentais - mobilizadas pela Rede Ecumênica da Juventude (REJU) – saúdam as(os) coordenadores desta 4ª Jornada. Especialmente, festejamos a intensa presença das(os) jovens em diversos espaços de discussão, debate, partilha e liderança. Com esta novidade, irmãs e irmãos, apesar do conservadorismo de algumas comunidades de fé, sinal de um retrocesso, e das crises de organismos ecumênicos, nós confiamos que a trajetória deste movimento – que celebra cem anos da Conferência de Edimburgo - continua em construção e fortalecimento!


       Somos pro-vocadas(os), com o pensamento crítico e a ousadia próprias das juventudes, a continuar afirmando a utopia de uma casa habitável para todas as pessoas. Assumimos que a justiça permanece no coração de nossa fé e a diversidade de espiritualidades é o vento que nos movimenta em seus (a)braços. As nossas marcas, os nossos rostos, nossas vozes e lutas evidenciam que a prática ecumênica de nossas juventudes acontece na pluralidade de nossos corpos, de nossos encontros e de nossa fé. Nossa realidade exige críticas e práticas contrárias às relações econômicas excludentes, que sacrificam nos altares do consumo os corpos empobrecidos e vitimizam as juventudes. Diante deste contexto, propomo-nos a trabalhar em prol de uma economia solidária, participativa e justa, na defesa da criação e da dignidade humana. Enfatizaremos e nos organizaremos para a maior inserção das juventudes em conselhos compostos pela sociedade civil e instâncias governamentais, para promover e monitorar políticas públicas em favor da justiça em nosso País.

      Sonhamos com a integração de nossa “Afro-ameríndia”, sinalizada nesta Jornada Ecumênica com jovens de diversos países. Esperamos que as articulações entre o nosso povo, nossa gente, se fortaleçam e se ampliem.


     As juventudes aqui presentes – facilitadas pela REJU em suas mais diversas regiões – abraçam os compromissos da 4ª Jornada Ecumênica e oferecem outros quatro compromissos de atuação nacional para 2011, o ano internacional da Juventude:

      1. Realizar, em organizações pertencentes à REJU, uma campanha contra o extermínio das juventudes, tendo como agentes do processo as(os) jovens pertencentes à rede ecumênica;

      2. Promover uma campanha, com produção de textos e vídeos criados pelas(os) jovens, em combate à intolerância religiosa, sendo realizada em comunidades de fé e em institutos educacionais;

      3. Acompanhar e fiscalizar - nos conselhos e fóruns juvenis, especialmente no CONJUVE - as políticas públicas para as juventudes realizadas pelo Governo Federal.

      4. Articular conferências livres de juventudes em comunidades de fé, movimentos e organizações sociais e organismos ecumênicos, buscando a participação das(os) jovens ecumênicas(os) na 2ª Conferência Nacional de Juventude.
     
      Por fim, afirmamos a esperança de um novo tempo para todas as pessoas e para toda a terra habitável em dignidade e justiça, a partir do texto de Joel 2. 28-29: “Eu derramarei o meu Espírito sobre toda carne: e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão; os vossos velhos sonharão; e os vossos jovens terão visões...”

 
Amém, Axé, Ta upeicha.
                                                                     Itaici, São Paulo, 15 de novembro de 2010.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Partilha das atividades que aconteceram no mês de outubro, onde a REJU se fez presente:

A seguir seguem momentos de alegria e superação de metas propostas para o jovem, que ainda permanecem em evidência, pois, em nossa prática diária, idealizamos e aspiramos, de forma humilde e ousada, a causa de lutar por um mundo melhor com a prática comum do bem e da paz.


Dia Nacional da Juventude da Diocese de Montenegro

No dia 24 de outubro de 2010, os jovens da Diocese de Montenegro, motivados pelo tema DNJ 25 anos: Celebrando a Memória e Transformando a História, e o Lema: “Juventude: muita reza, muita luta, muita festa, e marcha contra a violência!” celebrou o dia Nacional da Juventude.  
Em espaços de partilha, como Setor da Juventude, junto com movimentos, RCC, CLJ, ONDA, MEJ, Grupos de Oração, Grupos de Base da PJ, Animações Vocacionais, Franciscana - OFM, Marista, Diocesana e Irmãs Camilianas, Fundação Tiago Gonzaga de Moraes com o Projeto Vida Urgente, a Rede Ecumênica da Juventude, também se fez presente. Da mesma forma, reconhece que é na soma de nossas forças que a nossa juventude se torna poderosa.
Na diversidade de carismas, maneiras e testemunhos de mostrar e anunciar Deus, é que concretizamos dias em que se renovam energias para a continuidade de nossa árdua tarefa: ser esperança ao mundo.
Para evidenciar com alegria nossa fé, de maneira concreta, nos propomos ao desafio de percorrer as comunidades com a CRUZ MISSIONÁRIA DA JUVENTUDE, que será acolhida pelos jovens em suas comunidades paroquiais. Através deste símbolo, transmitiremos nosso ideal. Pela cruz, que representa a essência divina presente em cada um de nós, queremos recordar e reavivar o espírito missionário em nossas comunidades, evidenciando que “onde dois ou mais se reúnem em nome Dele”, nosso Deus se fará presente.

Ao carimbar nossas mãos na bandeira que enfatiza em seu símbolo a Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio dos Jovens,  deixamos nossa marca para continuar a construção da história, nos colocando em marcha contra a violência e tantas outras situações que tiram do jovem a dignidade e o direito de manifestar-se em relação ao seu protagonismo e a promoção da vida.
Diante dos desafios e obstáculos que nos oprimem diariamente, mostramos de maneira convicta, unidos pela Fé, na partilha, na convivência, na celebração e no clamor, que é possível, ser jovem cristão, no século XXI, plenamente feliz.  



REJU na Partilha Ecumênica do SELEO Serviço Ecumênico Leopoldenense

A prática ecumênica consiste em um exercício diário, de olhar o próximo e nele perceber o Sagrado. Assim pessoas de diferentes credos, cristãos, se reuniram no dia 21 de outubro em São Leopoldo, muito bem acolhidos pela comunidade Luterana IECLB. O SELEO vem partilhando, durante este ano, seus anseios e esperança do ecumenismo junto a sua comunidade.
Já na segunda etapa, destes momentos, foram apresentados os contextos e experiências ecumênicas presentes nos espaços dos Focolares e da REJU - Sul.
Em análise, percebemos que são em momentos de extrema crise, destruição e isolamento, que desmotivam nossas aspirações. Assim, é preciso contar com ajuda, nos apoiarmos no outro. Ultrapassamos ideologias, pois cremos na essência humana e divina, que o que vale é o amor, originado da união e respeito pela diferença. Somos a esperança ao mundo.  É na prática diária, que ocorre a transmissão da motivação que cativa o irmão, nos transformando em “iscas do ecumenismo”, multiplicadores desta proposta.


Juventude e Cidadania - Somos o Presente - Instituto Estadual de Educação Estrela da Manhã - IEEEM, Estrela/RS

No dia 14 de outubro de 2010, destinados à construção da história e conscientes de seus papéis como futuros educadores, estudantes, do Instituto Estadual de Educãção Estrela da Manhã, discutiram o tema Juventude e Cidadania, dispostos a conhecer espaços de inserção da juventude, e assim, promover práticas concretas, que os desafiassem a uma participação, que propicie a melhora de sua realidade comunitária e escolar.
A mesa foi composta por lideranças de distintas esferas sociais: Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores do Município de Estrela, União Nacional dos Estudantes, Diretório Acadêmico do Centro Universitário Univates, União da Juventude Socialista e Rede Ecumênica da Juventude.
Dispostos a ir além do discurso, os estudantes finalizaram a noite com a proposta, aprovada por unanimidade, pela implantação um fórum jovem, dentro da Instituição.
Imbuídos do espírito de que espaços existem, porém depende da audácia e ousadia própria de deixar a inércia, fazer a diferença, ser protagonista da história.
Edoarda Sopelsa Scherer, ICAR
Facilitadora REJU- Sul

domingo, 19 de setembro de 2010

Curso de Aprofundamento em Ecumenismo

A vida em nossas mãos: jovens debatem seus direitos em curso de ecumenismo

Durante os dias 17 a 19 de setembro de 2009, jovens de igrejas diversas (Batista, ICAR, IEAB, IECLB, IELB e Igreja da Suécia), militantes de pastorais e movimentos sociais, provenientes de diversas localidades (RS, SC, PR, RJ e DF), reuniram-se no Centro de Espiritualidade Padre Arturo (CEPA), em São Leopoldo/RS, para mais um Curso de Formação em Ecumenismo, com a temática "Direitos e Deveres: a vida em nossas mãos". O Curso teve por objetivo oportunizar um espaço de formação em torno dos Direitos Juvenis, promovendo uma espiritualidade e vivência ecumênica para juventudes; partilhar práticas desenvolvidas gestando e articulando ações coletivas das juventudes em redes de cooperação; fortalecer e ampliar a Rede Ecumênica de Juventude na região sul a partir da promoção dos Direitos Juvenis.


A abordagem bíblico-teológica do tema foi introduzida a partir de Joel 2.28: ‘...e vossos jovens terão visões...’ (o mesmo texto motivador da 4ª Jornada Ecumênica neste ano): o espírito de Deus que anima não é dado aos poderosos para conduzir as ações do povo, mas agora está com aqueles que nunca tiveram vez nem voz: idosos, mulheres, escravos e jovens. Também outras narrativas bíblicas trouxeram à tona o exercício da vocação do jovem, ressaltando também o aspecto da união, despertando a reflexão, nos trabalhos em grupos, em torno dos direitos juvenis e da vocação e ação das juventudes, que foi criativamente apresentada a todas e todos.


O curso proporcionou espaço privilegiado para a partilha de experiências, onde os participantes percorreram os cenários que retratavam as vivências experimentadas na Rede Ecumênica da Juventude (REJU), Juventude Evangélica (JE) da IECLB, Teatro e Bíblia / Bíblia e Juventudes (CEBI e Trilha Cidadã), Juventude da Igreja da Suécia, Pastoral da Juventude da Igreja Católica da Diocese de Novo Hamburgo, Pastoral da Juventude da Igreja Católica da Diocese de Blumenau, Centro Infanto Juvenil Monteiro Lobato, Rede Fale Paraná e União da Juventude Anglicana do Brasil (UJAB). Conhecidas as ações já realizadas, os jovens planejaram e encaminharam ações coletivas, no sentido de fortalecer as redes na promoção dos direitos juvenis, propuseram a formação de lideranças de juventudes visando a melhor articulação dos grupos e, ainda, a organização e participação nos conselhos e fóruns de juventude, de forma que o jovem tome em suas mãos o direito de decidir e propor diretrizes voltadas para as políticas públicas de juventude.


Após momentos intensos de reflexão, celebração, musicalidade, cultura e, sobretudo, vivência ecumênica, os participantes saíram animados e revigorados na tarefa de lutar pelas juventudes, na construção de espaços de autonomia e atuação coletiva, bem como motivados a participarem da 4ª Jornada Ecumênica, que acontecerá de 11 a 15 de novembro de 2010, em Indaiatuba/SP, cujo tema será Ecumenismo, Ecologia, Economia e Vida, que tem o desafio de construir incidência pública-política que ultrapasse as fronteiras ecumênicas. Também foi lembrado do 3º Encontro de Conselhos de Juventude, cujas inscrições vão até o próximo dia 31 de setembro de 2010, na página www.juventude.gov.br.

O curso foi uma promoção do Centro Ecumênico de Capacitação e Assessoria (CECA-RS), Rede Ecumênica da Juventude (REJU/Sul), Pastoral da Juventude Católica, Juventude Evangélica da IECLB (JE) e União da Juventude da IEAB (UJAB), numa parceria com a Trilha Cidadã, Centro de Estudos Bíblicos (CEBI/RS), Serviço Ecumênico Leopoldense (SELEO), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC/RS e Nacional) e apoio das Agências de Cooperação Christian Aid, EED, Adveniat e MZF.


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Josemar da Silva Alves - Igreja Evangélica Luterana do Brasil, IELB

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Grito dos Excluído - Curitiba Paraná

A arquidiocese de Curitiba, pastorais e movimentos sociais promoveram no dia 07 de setembro de 2010 a 16.ª edição do Grito dos Excluídos. Com o tema “Onde estão nossos direitos? Vamos às ruas construir um projeto popular” e o lema “Vida em primeiro lugar”, a mobilização teve como intuito incentivar a todos os cidadãos a se inserirem em lutas que resgatem esperanças para a transformação social.
O grito dos excluído (ato público) aconteceu na Cidade Industrial de Curitiba, mas especificamente na região do Sabará. A concentração e abertura do evento ocorreu no centro social marista de onde saiu a caminhada que percorreu as ruas da região.

Durante a caminhada foram feitas algumas paradas para reflexão, denuncia e anúncios. A primeira parada lembrou a história do grito dos excluídos, a segunda ficou por conta da juventude, jovens de vários movimentos, pastorais e coletivos uniram seus gritos contra o extermínio da juventude e celebraram as conquistas de até então com uma apresentação musical, já a terceira e ultima parada teve como reflexão a luta do povo da região por moradia, que é um dos grandes gritos da região, somou-se a esse grito, o desrespeito aos moradores da região, a falta de segurança, de escolas, de profissionais de saúde entre outros. 

Dois grandes temas foram discutidos no processo de articulação e mobilização do grito, o Plebicito popular pelo limite da terra e a criminalização e o extermínio da juventude. Os dois temas ganharam muito destaque no dia.



Para mim, o grande destaque da 16.ª edição do Grito dos Excluídos na arquidiocese de Curitiba, foi a grande participação da juventude, que mesmo no meio de uma feriado prolongado marcou presença, além da quantidade, a representatividade dos jovens que ali estavam merece destaque.
Esse foi o quarto grito dos excluídos que eu participei, o primeiro na organização do dia e o primeiro representando a REJU Sul.
SIM A REJU SUL ESTEVE PRESENTE NA ORGANIZAÇÃO DO DIA.


Lourença Santiago - Igreja Católica Apostólica Romana, ICAR

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Curso Ecumênico Para Jovens

Olá Juventudes Latinoamericanas!!







É com alegria que convidamos a todos e todas para participar deste nosso encontro, onde fazemos a diferença com a alegria e entusiasmo! E neste caminho que todos e todas fazemos parte, convidamos a dar as mãos e trilhar novos e belos de muita luta e utopias!

Por isso, queremos contar com todos e todas vocês para divulgação deste curso pensado com muito carinho!
Por isso que o valor da Inscrição está no valor de R$ 30,00, as vagas são limitadas. Para fazer sua inscrição, basta clicar na imagem acima. Não deixem de participar por questões financeiras, mobilizem seu grupo de trabalho/comunidade! Traga sua coragem e força de mudança com suas mochilas de tantas vivências e sonhos! Organizem suas caravanas! Celebrem conosco!

Contato e Informações:

Aguardamos as inscrições de todos e todas vocês!! A sua participação é muito valiosa nessa busca da terra prometida!
Um abraço de muito amor a todos e todas vocês!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bíblia e Juventudes no Rio Grande do Sul


Nos dias 12 e 13 de junho do corrente ano, aconteceu – no CEPA (Centro de Espiritualidade Padre Arturo Paoli), São Leopoldo, RS – o primeiro curso sobre Bíblia e Juventudes, promovido pelo CEBI/RS em parceria com a ONG Trilha Cidadã. O encontro reuniu cerca de 16 jovens de diferentes regiões do nosso estado, representando denominações cristãs diversas (ICAR, IEAB e IELB).

Num primeiro momento, de acolhida e reflexão, fomos motivados(as) a pensar sobre os conceitos que trazemos tanto de Bíblia quanto de juventudes a partir da nossa realidade, e em seguida compartilharmos com o grupo.



Durante todo o encontro, trabalhamos o texto de Jonas. Primeiro, fizemos uma leitura literal, contextualizada em sua época. E só então, buscamos aproximá-lo às nossas realidades, à realidade dos jovens. A princípio, tivemos muita dificuldade para vermos a juventude no livro de Jonas, mas, iluminados pelo nosso assessor José Luiz Possato, desconstruindo conceitos há muito enraizados em nós, descobrimos que, nas palavras do próprio, “em vez de sair procurando jovens nos textos bíblicos, devemos realizar outro esforço: o de lançar um olhar juvenil sobre as Escrituras. Isto porque a imagem de que os bons exemplos bíblicos são jovens ainda alimenta o conflito entre estes e os adultos, invertendo-se apenas os papéis. O olhar juvenil busca identificar os problemas próprios de sua realidade com as situações vividas nos textos e avalia se as soluções apresentadas lá podem iluminar as ações aqui, no presente.”

No domingo, o Pe. Edson Thomassin continuou o estudo sobre o texto e nos incentivou a rever o caminho que fizemos (método) para chegar à conclusão do texto numa perspectiva jovem.

Ainda fomos auxiliados pelo Jorge, também assessor do CEBI/RS, e o Márcio Frare, membro da Pastoral da Juventude da Igreja Católica Romana.

A experiência da convivência ecumênica, a partilha da realidade de/com outros jovens que também acreditam num outro mundo possível, nos animou na caminhada e na prática da solidariedade.

Esse tipo de partilha enriquece nossas almas, fortalece nossa relação com Deus e nos ensina a amar e respeitar mais e mais cada pessoa como ser único e digno. E, principalmente, nos ensina a pensar jovens como membros atuantes e agentes de transformação social.

Convido a todos(as) a se juntarem a nós!

Mª Cláudia Gastal Ramos

Pastoral da Juventude – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB)

REJU/Sul

quinta-feira, 25 de março de 2010

Encontro Continental de Jovens


A juventude latino-americana e caribenha teve um local de destaque durante o Mutirão de Comunicação América Latina e Caribe. Trata-se do Encontro Continental de Jovens, que aconteceu entre os dias 02 e 03 de fevereiro, estendendo-se às tardes dos dias 04, 05, 06 e 07 de fevereiro com a realização de Painéis que discutiram especificamente o contexto juvenil do continente. O encontro debateu a situação e os desafios da juventude na América Latina e no Caribe, na perspectiva da comunicação geradora da vida e da organização popular. Mesmo com uma tímida participação obteve-se uma convivência e partilha muito rica.

O Encontro Continental de Jovens deu o ponta pé inicial ao Muticom com painéis de trabalhos realizados na linha juvenil com o instrumento da comunicação, por exemplo, vídeos e programas de rádios comunitárias. Com a ajuda dos painelistas: Daniel Derxler (Uruguai) e Elson Faxina (Brasil). Tudo isto tinha como objetivo refletir o tema sugerido: Dialogando e Transmitindo Cultura Solidária.

A noite tivemos apresentações culturais do grupo de teatro da Trilha Cidadã com a peça: “As caminheiras e saga deste continente” e do músico Daniel Drexler.
Dando continuidade à programação, do dia seguinte tivemos o Cine Fórum, com apresentação de vídeos das organizações ali presentes, com grande diversidade na produção dos mesmos, tanto no foco, qualidade e publico alvo! Na noite, tivemos a abertura oficial do MUTICOM – Mutirão da Comunicação – no campus da PUC/RS.
Dando inicio as reflexões no que diz respeito a Juventude Latino-americana e caribenha, Pe. Hilário Dick nos ajudou com sua experiência de mais de 30 anos de dedicação à juventude, abordando a Realidade da Juventude Latino-americana e caribenha. Tendo como grande maioria de participantes, jovens das pastorais da juventude da ICAR. O momento teve abordagens sobre a grande diversidade de jovens, e que eles tem por sua essência a vida em grupo, seja o motivo que for, mas ele o jovem sente a necessidade de se encontrar, de ter um motivo de se encontrar.

No segundo dia de reflexão, Ana Bélgica Guichardo, ela abordou com o grupo sobre os Princípios éticos de uma cultura solidária. Provocando os participantes para partilhar as práticas vivenciadas em suas realidades locais para a partir das experiências poderem compreender a intrincada relação entre conceitos sociais.
Dizia-ela: “A Solidariedade não poder ser vista como conceito separado da justiça social pretendida. Deve-se compreender que a solidariedade é o único alicerce, a única força que pode dar conta num momento de dor e dificuldades. É ela que move o ser humano a estender todos os esforços para a busca do bem comum. Jesus cristo em sua ação cotidiana, nas suas decisões, no seu pensar é o modelo de solidariedade”.

Ao aproximarmos a comunicação da solidariedade é necessário voltarmos para a tecnologia não como um monstro que aliena os jovens, mas sim como um suporte nos processos de aprendizagem. (texto extraído de relado de Melissa Maciel, redação do muticom.org)
Encerrando os três dias de reflexões tivemos a presença de Jorge Atilio Luianeli, com sua presença extrovertida veio trazer aos participantes provocações com o tema; Desafios para continuidade construindo e articulando redes e potencialidades. Como um dos assessores da Equipe Interdisciplinar da Rede Ecumênica da Juventude, ele trouxe experiências de iniciativas práticas de movimentos juvenis na América Latina e Caribe. Como a RELAJUR (Rede Latino-americana de Juventudes Rurais), com a REJU (Rede Ecumênica da Juventude), e a Rede FALE. O movimento ecumênico precisa ser renovado e fortalecido e com a luta pela promoção dos direitos juvenis podemos fazê-lo. Dizia Atilio.
Para encerramento das atividades do Encontro Continental de Jovens os jovens mobilizaram uma caminhada simbólica no campus da PUC chamada: Marcha Juvenil pela Solidariedade e contra o Extermínio de Jovens nas Américas.

O desafio é continuar o trabalho em nossas comunidades locais por uma Cultura Solidária em nossos meios de comunicação.

PUC/RS – Porto Alegre, Brasil

sábado, 6 de fevereiro de 2010

3º encontro Nação de Hip Hop Brasil


Durante os dias 28 a 31 de janeiro de 2010, ocorreu na praia da Biquinha/SP o 3º encontro Nação de Hip Hop Brasil, estiveram participando do encontro Timóteo da Silva Greff – REJU-Sul/Trilha Cidadã e Priscila Baptista – REJU-RJ/Profec.

O encontro refletiu a importância do movimento Hip Hop se organizar politicamente, a fim de assumir espaços antes controlados pela elite burguesa, sem deixar que a cultura Hip Hop caia em mãos de empresários que querem institucionalizá-la, como já foi feito com o samba e outras culturas.

Foi declarado que o Hip Hop não vai fazer apenas a conexão (favela/centro), pois o mesmo é pouco, a revolução só será feita quando todos estiverem cocientes sobre a cultura Hip Hop, que ainda hoje não é considerada como tal. Dizer para a comunidade que trabalhos sociais de inclusão na sociedade é o caminho certo, que o poder democrático introduzido em nossa sociedade tem que ser mais humanizado não é o bastante, não enquanto, ainda estiverem se formando pessoas em faculdades sem a mínima compreensão do que é de fato a cultura Hip Hop, qual é a proposta do movimento Hip hop dentro da sociedade, quais são as condições de vida que os(as) moradores(as) de periferia estão condicionados a viver.

Para isso devera ser criado espaços dentro de escolas, faculdades, que façam uma reflexão mais ampla sobre estes assuntos, que os mesmos não menosprezem unicamente por não fazer parte de sua realidade.


Hoje o Brasil sofre com o monopólio das comunicações, que nega muitas vezes a liberdade de expressão, a classe que mais sofre com isso, é a classe: operaria, negra, índios, favelados, estes acabam recebendo em casa uma noticia destorcida, engolindo a seco mentiras, que servem apenas para proteger os grandes seres da TV, radio, jornal e muitos outros meios de comunicação que não trabalham para o povo. Uma comunicação suja que joga comunidade contra comunidade, pobre contra pobre, instalando assim o caos. Depois eles nos colocam que a educação é a solução, nós que estamos por baixo acatamos estas indicativas como a mais correta, mas quais educações recebemos nas escolas, uma educação libertadora? Ou uma educação alienadora? Que só interessa a elite, pois os protegem e os fortalecem, eles sabem que um povo burro, sem cultura, rende muito mais a eles.


A REJU ganha espaço dentro do movimento Hip Hop, justamente quando o mesmo abre espaço para tais discussões muito pertinentes a REJU, como por exemplo: questões sobre Homofobia, gênero, diversidade religiosa e étnica racial, debates sobre o quanto a juventude esta sendo marginalizada, pelo fato de não terem os seus direitos garantidos em leis, questões estas nunca antes levantada dentro do movimento Hip Hop, mostrando tamanho nivel de abertura para Grupos/Redes que buscam promover uma cultura de paz.


O encontro também destacou a importância de se criar leis que garantem a sobrevivência da cultura Hip Hop dentro dos estados, seguindo exemplo do estado do Rio Grande do Sul, que aprovou leis que asseguram o mesmo.


O Hip Hop como qualquer outro espaço de militância, não pode fechar os olhos para estas questões, assumir de fato espaços políticos dentro de instituições não governamentais, políticos partidários, cargos públicos, etc.

Pois mais do que nunca o mundo tornou-se uma grande rede, e agora temos que sempre estar atento para que nenhum elo desta rede se rompa.