domingo, 8 de setembro de 2013

Fórum ecumênico analisa conjuntura brasileira e lança desafios de incidência pública

Data de publicação: 27/8/2013
Marcelo Schneider/Conselho Mundial de Igrejas. Fotos: Edoarda Scherer

             A reunião anual do Fórum Ecumênico ACT Brasil (FE ACT Brasil), que ocorreu entre 20 e 22 de agosto, em São Paulo, dedicou boa parte de sua agenda a análises da conjuntura atual brasileira que nutriram o trabalho de construção de uma pauta comum de incidência pública a ser adotada pelos membros do fórum.
            Num painel formado por representantes de movimentos sociais, organismos internacionais e cientistas políticos, dia 20, foram apresentados diversos diagnósticos do quadro político-social brasileiro após as manifestações populares de junho passado.
          Carla Bueno, do Levante Popular da Juventude, um espaço que envolve vários movimentos de jovens ligados a partidos políticos e tem como objetivo a construção de lutas e ações comuns, lembrou que as principais manifestações ocorreram na cidade e não no campo, setor que, por muito tempo, concentrou as principais lutas do país. “Nossas principais contradições hoje estão na cidade: as jornadas de trabalho e de locomoção. As manifestações de junho serviram para mostrar que o povo está esgotado, mas, como não houve muita organização, as  mobilizações, assim como se formaram, também se diluíram”, afirmou Carla.
Para Raul  Amorim, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), “as mobilizações mostraram uma mudança no ânimo que acaba trazendo nova disposição para as lutas”. Seu ponto de vista foi aprofundado pelo sociólogo Silvio Caccia Bava, do Instituto Polis.
      Para Silvio, as manifestações no Brasil ecoam particularidades das mobilizações latino-americanas recentes. “Temos um cenário em que a vida foi mercantilizada. Tudo o que se precisa para viver é necessário pagar para se ter. Atualmente, 30% da população de SP anda a pé porque não tem dinheiro para pagar transporte. Neste cenário dá para ver o que significam 20 centavos: a vida tornou-se insuportável”, afirmou.


Fonte da notícia: http://www.reju.org.br/noticias-conteudo.asp?cod=1616

Ciclo Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates


"Justos e Pecadores – Justificados por Graça e Fé: 
Confessionalidade Luterana”









A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) foi o tema da quarta palestra do ciclo “Ecumenismo e inter-religiosidade: visões e debates”, que tem à frente a Pastoral Universitária Ecumênica (Pasune) e o Centro Universitário Univates. A atividade, que ocorreu no dia 26 de agosto, em Lajeado, reuniu universitários, religiosos, professores e counidade em geral. O público acompanhou a apresentação do mestre em Educação Comunitária Cláudio Becker. De acordo com ele, no que tange a questões ecumênicas, a IECLB trabalha sob a perspectiva comunitária. “Esta atuação ocorre mais junto aos crentes, não com o clero exclusivamente”. Para Becker, é necessário que os responsáveis pelo papel pastoral-político da IECLB saibam orientar os membros sobre as possibilidades do ecumenismo. “Assim, o movimento seria muito maior”, entende. 


Mesmo diante deste cenário, a IECLB, segundo mostrou o palestrante, entende que “ao se incluírem na missão de Deus, as comunidades evitam a autossuficiência e o isolamento”. As relações de parceria e cooperação ocorrem com outras denominações cristãs, organizações eclesiásticas, entidades, entre outras esferas.
O mestre em Educação Comunitária também compartilhou informações acerca da trajetória e da constituição da IECLB. Atualmente, a instituição, que surgiu no início do século 18 no Brasil, possui cerca de 800 mil membros. Eles pertencem a 18 sínodos que estão espalhados por todo o país. Em razão da imigração de alemães evangélicos, a Região Sul concentra a maior parcela destes centros da IECLB. Além dos sínodos, a IECLB se organiza em comunidades e paróquias. Diante do contexto do Brasil, as diversidades étnica e cultural também se manifestam nas comunidades luteranas. 
Como a própria denominação sugere, a IECLB tem por doutrina a base feita pelo reformador Martim Lutero que pregava que a salvação vinha pela graça e pela fé.





Mais três palestras
Iniciativa pioneira em âmbito acadêmico no Vale do Taquari, o ciclo de palestras “Ecumenismo e inter-religiosidade: visões e debates” tem como propósitos conhecer a trajetória histórica das religiões e crenças, dialogar a respeito da contribuição para a sociedade e debater sobre a superação das intolerâncias. No total, serão realizadas sete palestras no decorrer deste ano.

Confira os próximos encontros, que ocorrerão no auditório do Prédio 11 da Univates, às 19h15min:
24/09 – Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, com Dom Francisco de Assis da Silva;
28/10 – Religiões de Matriz Africana, com Pai Dejair Roberto Haubert e Selenir Gonçalves Kronbauer;
12/11 – Inter-religiosidade, com Daniel Souza.

Texto: Camila Pires (integrante Pasune e REJU/SUL)


Ecumênicos participam da Jornada Mundial da Juventude


  

RIO DE JANEIRO - A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), aberta ontem no Rio de Janeiro com a presença do papa Francisco, conta com uma ativa participação de representantes da Rede Ecumênica da Juventude (REJU), apesar do evento oferecer discretos momentos de participação ecumênica e inter-religiosa.


Marcelo Schneider
quarta-feira, 24 de julho de 2013


Em 1980, durante sua histórica visita ao Brasil, o papa João Paulo II reuniu-se com líderes de igrejas de outras confissões em Florianópolis. Em 2007, seu sucessor, Bento XVI, veio ao Brasil para a abertura da V Conferência Episcopal Latino-Americana e Caribenha e recebeu, brevemente, em São Paulo, representantes das três maiores religiões monoteístas. 

Neste ano, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, enviou convite a líderes de igrejas brasileiras para uma cerimônia de boas-vindas ao papa Francisco no dia 25 de julho, na praia de Copacabana.

A Jornada reunirá mais de um milhão de participantes ao longo desta semana. A visita do papa é parte importante do evento, mas sua dimensão e diversidade não se limitam aos espaços onde Francisco se faz presente. Isso também é válido para a agenda ecumênica da JMJ. 

Vindos de todos os cantos do mundo, os participantes também terão a oportunidade de experimentar um pouco do trabalho da REJU e serem desafiados a refletir sobre temas que tocam mais do que pessoas de outras igrejas ou religiões, mas a humanidade como um todo. 


Dois dias antes do início da JMJ, no domingo, 21, aconteceu o “encontro inter-religioso entre católicos, judeus e muçulmanos”, realizado na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O encontro reuniu 50 jovens dessas religiões e outros convidados para refletir sobre o tema “Juventude: força de engajamento, força de fé”.



Hoje, aconteceu um encontro ecumênico de jovens promovido pela regional carioca do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC-Rio) na Catedral Anglicana do Rio de Janeiro, com a presença de jovens de distintas comunidades cristãs espalhadas pelo mundo.Com o objetivo de mobilizar os jovens presentes na JMJ para a conscientização e luta em defesa da vida da juventude, a REJU uniu esforços com outras organizações e criou um espaço de debate e reflexão da realidade juvenil e acerca das políticas públicas para a juventude no Brasil.

Sob o tema “A Juventude Quer Viver”, a Tenda das Juventudes está montada na Paróquia Santa Bernadete, no Rio, entre 22 e 26 de julho, e conta com mesas temáticas, celebrações, momentos de oração, exposições e apresentações culturais. Trata-se de um espaço de acolhida, formação, celebração, partilha, diálogo e convivência das mais diversas juventudes presentes na JMJ. 



Para o coordenador nacional da REJU, Daniel Souza, o tema escolhido “revela a luta pela vida dos jovens, em especial no combate à violência e ao extermínio que assola a juventude brasileira”. O desejo dos organizadores é que a pauta encoraje e interesse também a jovens de todas as partes do mundo. 

A iniciativa acontece em sintonia com a organização da JMJ, sendo uma das inúmeras atividades inscritas junto ao comitê organizador, o que lhe dá caráter oficial na dinâmica do evento e inclusão no programa distribuído aos participantes.

Entre os assuntos a serem abordados nas mesas temáticas da tenda estão: justiça e transição, memória e compromisso, desafios socioambientais, crise econômica, direitos sociais e juventudes, tráfico de pessoas, extermínio de jovens, cultura, comunicação e direitos humanos, evangelização da juventude na América Latina e solidariedade.

Para Alexandre Pupo Quintino, membro da Igreja Metodista, de São Paulo, “num evento que reúne jovens do mundo inteiro que confessam sua fé é importante que nós, que também somos jovens e temos uma fé diferente, possamos compartilhar experiências e mostrar que o ecumenismo é possível”, afirmou. 

Leda Alves, católica, do Bairro Maré, no Rio de Janeiro, acredita que “a JMJ impulsiona as pessoas a respeitarem as culturas dos outros e que encontros ecumênicos ajudam a aprofundar os nossos pensamentos acerca do diálogo, respeito e tolerância religiosa”. 

“Espaços como este tornam a JMJ um evento de todos”, apontou o jovem judeu Daniel Douek. “A tenda foi um convite para a construção coletiva”, disse. Sua opinião é ampliada pelo jovem muçulmano Shuaib El Boustani, também de São Paulo. “A JMJ prega a paz. Isso interessa a todas as religiões. O diálogo inter-religioso e o ecumenismo ajudam a acabar com os estereótipos”. 

A tenda está sendo organizada pela Pastoral da Juventude, Cáritas Brasileira, Juventude Franciscana, Comissão Brasileira de Justiça e Paz, Cajueiro - Centro de Formação, Assessoria e Pesquisa em Juventude, REJU, Irmandade dos Mártires da Caminhada, Setor Pastoral da PUC/RJ, com a parceria do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, da Secretaria Nacional de Juventude do Governo Federal e da Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude.

A JMJ acontece logo depois da divulgação de dados que apontam para um elevado número de assassinato dos jovens negros no Brasil e vinte anos depois da chacina da Candelária, quando oito adolescentes foram assassinados pela polícia.

“Como viver nossas espiritualidades a partir das realidades de violência? Essa é uma pergunta fundamental para a REJU”, refletiu Daniel Souza. “Por isso fazemos parte de mobilizações como a Tenda na JMJ. Aqui reafirmamos o protagonismo das juventudes e nossa convicção de que a luta por justiça permanece no coração de nossa fé”, concluiu.



A participação da REJU na JMJ tem o apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) e do Fórum Ecumênico ACT Brasil.

Fonte: ALC Notícias 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ciclo de Paletras: Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates


"Doutrina Espírita uma Religião Natural"



                               






A Univates realizou, na noite da quarta-feira, dia 26 (junho), no auditório do Prédio 3, a palestra gratuita “Doutrina Espírita - uma religião natural”, ministrada pela mestre em literatura brasileira Rosângela Soldatelli. A atividade integrou o ciclo de palestras “Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates”, que tem o objetivo de conhecer a trajetória histórica das religiões e crenças, dialogar a respeito da contribuição para a sociedade e debater sobre a superação das intolerâncias.





A palestrante iniciou sua explanação apresentando um breve relato sobre a história do Espiritismo que, conforme ela, pode ser entendido como ciência, filosofia e religião. Conforme Rosângela, a religiosidade tem ajudado muitas pessoas a superarem os desafios impostos pela vida. "Muitas respostas estão no plano espiritual", comentou, acrescentando que conforme a Doutrina Espírita, somos espíritos imortais. "Uma vida é muito pouco para conquistarmos nossa lapidação moral e realizarmos nosso processo de evolução maior. Lutando para sermos melhor, estamos vivendo nossa religiosidade", defendeu a palestrante.






Ciclo de palestras prossegue no segundo semestre

A próxima palestra será no 26 de agosto, às 19h15min, no auditório do Prédio 11, com o tema “Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil”, ministrada pelo mestre em Educação Comunitária Cláudio Becker. Em setembro, no dia 24, o tema debatido será “Igreja Episcopal Anglicana do Brasil”, com a presença do bispo da Diocese de Santa Maria, Dom Francisco de Assis da Silva.

Já o tema “Religiões de Matriz Africana” está programado para ser debatido no dia 28 de outubro com babalorixá filho de Ogum Dejair Roberto Haubert e pela mestre em Teologia, Religião e Educação Selenir Gonçalves Kronbauer. E, no dia 12 de novembro, o assunto “Inter-religiosidade” será ministrado pelo facilitador nacional da Rede Ecumênica da Juventude (Reju), Daniel Souza.

Todas as palestras são gratuitas e abertas à comunidade. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5861, ou no site www.univates.br/debate-ecumenico.

Texto: Tamara Bischoff 




Intuições sobre as manifestações em São Paulo (21/6/2013)

Alexandre Pupo e Luciano José. Foto: Ninja

        Abaixo apresentamos dois relatos/intuições diante das manifestações que aconteceram em São Paulo (SP) nesta quinta-feira, 20 de junho. Há intuições de outros lugares? Partilhem conosco, via contato@reju.org.br!

Alexandre Pupo (Metodista, REJU-SP)

Hoje eu fui pra rua comemorar a vitória do MPL, a beleza do movimento que agregou muitos na luta e conseguiu pressionar o governo a reduzir a tarifa. Mas hoje, o que vivi na avenida Paulista me assustou. Saímos com o bloco dos partidos e movimentos sociais, ao lado do passe livre, comemorando e seguindo com os gritos de ordem da causa da mobilidade urbana, transporte e tarifa. Desde o início da marcha fomos alvo de gritos e vaias da população que fazia outro tipo de "manifestação" na paulista, gritando: "sem partido".

Eu não pertenço a nenhum partido, mas estava ali do lado das pessoas que estiveram do meu lado nos primeiros protestos, quando a polícia ainda metia bala de borracha e bomba de gás lacrimogênio, quando o Jabor ainda era contra e a globo não encerrava jornal com o "povo cantando o hino nacional na rua". Gente que estava nessa luta desde a fundação do MPL e que agora, era chamada de oportunista. Oportunista? Quem é o oportunista nesta história? O grande problema aconteceu quase na frente da Gazeta, quando um grupo de manifestantes resolveu que os partidos e movimentos sociais não podiam avançar. Objetos foram atirados, bandeiras foram rasgadas, muita violência. Até uma arma elétrica eu vi. Enquanto isso, a população envolta em bandeiras do Brasil, com a cara pintada e que gritara anteriormente "sem violência", aplaudia e reforçava o grito no "sem partido". Até a bandeira da UNIAFRO foi rasgada, as mulheres da Marcha Mundial das Mulheres foram expulsas, os movimentos sindicais e outros movimentos sociais foram expulsos.

Por fim, até o MPL retirou sua bandeira. O que ficou? O discurso vazio do ufanismo sem sentindo, as bandeiras brancas que representam as muitas ideias vazias, a camisa da seleção, o clima de copa do mundo, muita cerveja, e um belo passeio pela Paulista. Uma festa. O povo não saiu do facebook, mas transformou a Avenida Paulista num grande mural. Compartilha o que não lê, repete causas sem pensar, quem sabe criam até mesmo um joguinho. O gigante não acordou, ele se levantou e sonâmbulo caminha sem controle. Por isso, depois de tanta esperança, escrevo esse texto tão pessimista. Não sei onde isso vai parar. Tirei meu pé. É hora de sentar e conversar, discutir e articular, educar e conscientizar. Mas a população batendo palma para o fascismo, isso eu não vou esquecer.

Luciano José (Metodista, REJU-SP)


O dia seguinte

Chegando à Av. Paulista, deparamo-nos com dezenas de cartazes que misturavam pautas anti-corrupção, xingamentos contra a Presidenta Dilma e até pedidos de intervenção militar em nome da democracia e liberdade.

Quando partidos, os mesmo que junto ao MPL articularam-se contra o aumento das tarifas, praticamente que sonharam e gestaram as manifestações, entraram com suas bandeiras, naquela que seria a comemoração de uma conquista, foram rechaçados como oportunistas.

Lembrei-me da Revolução dos Bichos de Eric Blair, mais conhecido pelo seu pseudônimo George Orwell. Depois de realizada a revolução, os idealizadores e reais articuladores da revolução vão sendo perseguidos, desde o primeiro porco, acusado de traição, aos outros que vão se submetendo ao medo. E não faltam ovelhas alienadas para serem adestradas em palavras de ordem que não compreendem sequer seu horizonte gestador.

Diante disso perguntei-me, caminhando na Paulista, quem são os oportunistas? A direita estava tomando as ruas aproveitando o embalo dos militantes de esquerda e expulsando estes últimos, como se, os primeiros, fossem donos de toda movimentação. Assisti um homem com dizeres de democracia na camiseta, pular o canteiro central para tomar uma bandeira de um partido para depois queimá-la, envolto em um coro que gritava: "Sem partido!" O que faria um saudosista da ditadura ter uma ejaculação nas costuras das calças.

Vi pessoas que gritavam com um ódio tão mortal e que quando indagadas por alguns companheiros não sabiam exatamente dizer, exceto que odiavam o país corrupto e apresentavam meia dúzia de chavões contra a presidência, mas nunca contra o governo do estado. Lembrei-me de René Girard sobre a eleição de bodes expiatórios, sobre os quais grupos projetam todos os males, inclusive aqueles que não admitem dentro de si e de suas práticas sociais. Foi assim que deixei a Paulista, caminhando com a esquerda na mão direita da avenida enquanto recebíamos garrafadas de grupos de direita que o faziam em nome de sua pátria amada burguesa, que por sua vez, segue desejosa de uma pseudo democracia que faz vista grossa aos grileiros e latifundiários, demoniza gays e pobres e criminaliza os movimentos sociais, num desejo ébrio de sacrificá-los. São dotados de uma visão dicotômica da realidade e se autocompreendem como heróis.

Fonte: http://www.reju.org.br/noticias-conteudo.asp?cod=1602

REJU: Nota pela redução da tarifa no transporte coletivo (19/6/2013)


A Rede Ecumênica da Juventude (REJU) tem participado e acompanhado diretamente as mobilizações protagonizadas por jovens em distintos lugares do Brasil. Uma movimentação que eclodiu a partir dos aumentos de tarifas do transporte público em cidades como Porto Alegre, Goiânia, São Paulo e Rio de janeiro. As manifestações que vêm acontecendo parecem despertar certa parte da população para problemáticas cotidianas, que ganham agora uma repercussão ampliada.

No entanto, a participação social das juventudes e de outros movimentos não é algo exclusivo desse momento. Há diferentes articulações ao longo da história recente do Brasil que demonstram a inserção dos movimentos sociais em questões estruturais da sociedade. O que parece ser novo nesta atual intervenção é a ampliação de novos atores políticos nas manifestações; os meios de cobertura desses atos (para além de uma mídia oficial); a “virada” na análise e cobertura promovidas pela grande imprensa; as novas formas de organização juvenil para além de instituições e representações. 


As manifestações estão em disputa política. Há campos que desejam a vinculação desses atos com uma programática construída por partidos de tradição conservadora, numa tentativa de antecipação do debate eleitoral do próximo ano e a criação de um caos generalizado. Neste embalo também se juntam vozes que reclamam a necessidade de ser apartidário ou sem movimento, misturando apartidarismo com posturas antipartidárias e, portanto, antidemocráticas. Pois, muito embora não se sintam representados por determinados partidos, não se pode excluir qualquer representação de um ambiente plural. Além disso, também existe uma falta de compreensão de alguns campos da esquerda em compreender as novas configurações dessas manifestações, algo que se mostra na dificuldade de aproximação e vinculação das pautas históricas de seus movimentos (como a democratização dos meios de comunicação, a reforma política e o próprio passe livre no transporte público) a outras formas de se organizar e protestar. 


No mosaico de reivindicações que se tornaram os atos, é preciso costurar uma pauta que faça sentido e que possa dar uma direção aos protestos. Assim, a REJU coloca-se na rua para discutir o direito à mobilidade, o direito à cidade e o direito à participação. Desta forma, demarcamos como pauta prioritária a redução dos aumentos das tarifas de ônibus, metrô e trem. Isto se relaciona com o direito à organização da juventude (em movimentos, partidos, comunidades religiosas), repudiando toda forma de violência e criminalização cometida pela Polícia Militar (algo que acontece periodicamente nas periferias das cidades); a ampliação de diálogos entre o governo e os movimentos sociais, garantido uma maior inserção das juventudes neste processo; e a inserção efetiva de políticas governamentais para a juventude. 


A busca pela redução da tarifa envolve a ampliação de direitos da população, envolve a ampliação do acesso à cidade: para o trabalho, para os estudos e para o lazer. Envolve, portanto, o direito a se viver de maneira digna. A luta pela vida plena, em todos os espaços e manifestações, é herança, para a nossa sociedade, de muitas vivências de fé. E a reafirmação do valor dessa luta também é um compromisso profundamente ecumênico. Assim, é de fundamental importância a queda do valor do transporte público, mas sem o prejuízo a outros direitos, com remanejamentos de recursos e subsídios dos governos. Enquanto o debate deixar intocados os contratos e a margem de lucro das empresas, a lógica não vai se alterar. É importante que essas manifestações ajudem a repensar o próprio modelo de concessões que é implantado no Brasil há anos. É preciso se ter transparência no cálculo da tarifa e um controle sobre os contratos. 

Rede Ecumênica da Juventude (REJU) 

Foto: Cristiano Santos


Reflexões e debates sobre Juventude e Equidade de Gênero

          Rodas de Diálogo 2013
           

 

Como eixo de atuação, assumido pela REJU no biênio 2013- 2014 estão sendo realizadas, Rodas de Diálogos com temáticas específicas, em todo o país, abordando temas pertinentes às questões assumidas como compromissos da Rede, tais como: Juventude e Equidade de Gênero; Superação da Intolerância;  Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra; Juventude e Justiça Socioambiental.
            No Rio Grande do Sul, contemplando o projeto da FLD, às juventudes iniciaram o debate relativo à questão de Juventude e Equidade de Gênero, na primeira Roda de Diálogo realizado no dia 13 de junho de 2013, sala 512, das Faculdades EST, em São Leopoldo.
            O momento contou com a participação de jovens do Grupo de Pesquisa de Juventude e integrante do Núcleo de Pesquisa de Gênero da EST. A conversa da tarde foi motivada pelos professores Júlio Adan e André Musskopf. Junto aos jovens presenciou-se um debate apurado sobre as interfaces de gênero, juventude e teologia.

            Questões relativas aos desafios quanto juventude de distintos contextos sociais foram colocados em pauta diante da conversa. Esclarecimentos sobre a compreensão do que leva a discussão do gênero foi abordada, considerando a importância do debate em distintas esferas, sejam tradicionais ou contemporâneas. 
            O próximo debate ocorre no segundo semestre de 2013, nas Faculdades EST, São Leopoldo, contando com a participação dos participantes dos dois núcleos de estudo e pesquisa, com o intuito de aproximar e aprofundar as reflexões, pois a temática de gênero e juventude completa-se e torna-se efetiva quanto analisada e assumida com seriedade, contextualizado-a as diferentes realidades.



Edoarda S. Scherer, Facilitadora REJU Sul.

Documentário “Ouro Azul” proporciona debate sobre recursos hídricos

Ana Paula Vieira LabresInstigadas em conhecer os interesses e conflitos existentes em torno da água, dialogar sobre o direito humano de acesso ao bem natural e o impacto desta problemática, contada no documentário “Ouro Azul”, cerca de 100 pessoas participaram de videodebate realizado nesta quinta-feira, dia 6 de junho. A atividade ocorreu no Centro Universitário Univates, em Lajeado, sendo que o público foi formado por acadêmicos da instituição e pela comunidade. 


Após a exibição do filme, os presentes expuseram suas opiniões e dúvidas acerca da situação dos recursos hídricos, principalmente em âmbito local. O consenso é de que é preciso mais ação por parte da população e dos legisladores para que o problema seja amenizado. O bate-papo foi conduzido pelas professoras Jane Mazzarino e Luciana Turatti. “O entendimento de que a água é vital, perpassa gerações. Talvez não temos ainda nos dado conta de quão importante ela é”, destaca Luciana.  
Gestão e políticas públicas, participação da sociedade em discussões, acesso a informações, privatização da água e conscientização foram alguns dos assuntos manifestados pelos participantes. 
Para a docente Jane, é necessário que a educação ambiental, aclamada por muitos como solução para os problemas ambientais, também ocorra por meio de uma consciência política e social. “As pessoas precisam desenvolver um espírito mais crítico e radical. Devem buscar informações e cobrar atenção dos governos”, avalia. De acordo com ela, é importante que o cidadão expanda sua visão para além do contexto doméstico. Isso significa buscar conhecer aspectos globais, políticos e econômicos que afetam o sistema vigente de uso e distribuição dos recursos hídricos.  
A programação foi realizada conjuntamente pelo grupo de pesquisa "Práticas Ambientais e Redes Sociais", vinculado ao projeto de extensão "Comunicação para Educação Ambiental" da Univates, e Pastoral Universitária Ecumênica (Pasune). Aliás, através deste movimento, a atividade ocorrida na Univates ganha abrangência em todo o Brasil e também internacional, em razão das parcerias da Pasune com a Rede Ecumênica da Juventude (Reju) e Fundação Universal dos Estudantes Cristãos – América Latina e Caribe (Fumec-ALC).


Um pouco mais sobre “Ouro Azul”

Vencedor de seis festivais internacionais, o documentário é baseado no livro homônimo, de Maude Barlow e Tony Clark. Ilustra os riscos acarretados pela falta de água potável e suas aplicações. Aponta a manipulação e corrupção por parte dos governos, administrações locais e das corporações multinacionais como responsáveis pela crise da água. O filme mostra ainda modelos de privatização em países pobres, esquemas de dessalinização e exportação de grandes quantidades de água, entre outros elementos.

Texto: Camila Pires, integrante da PASUNE, REJU Sul
Fotos: Ana Paula Vieira Labres 



Ciclo de Palestras:" Igreja Católica para além de um único olhar"

Pasune e Univates Ciclo de palestras inicia com abordagem sobre desafios da inter-religiosidade



Iniciou-se nesta terça-feira, dia 30, o ciclo de palestras “Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates”. A iniciativa, que é realizada pela Pastoral Universitária Ecumênica (Pasune) e Centro Universitário Univates com o apoio da CNBB Sul III/ Credeir, Conic RS e Reju, visa a abordar a trajetória das religiões e crenças existentes, dialogar a respeito da contribuição delas para a sociedade e debater sobre a superação das intolerâncias. A palestra inicial teve como foco os desafios para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso no século XXI, os quais foram expostos pelo teólogo e mestre em Ciências da Religião, Elton Vinicius Sadao Tada. Segundo ele, o ecumenismo diz respeito àquilo que está dentro do cristianismo, já o diálogo inter-religioso está voltado para o que está fora deste contexto. “O outro também quer dialogar. Mas, será que demos abertura a ele?”, questionou. Tada compartilhou com o público de cerca de 40 pessoas, formado por diferentes setores da comunidade acadêmica, como reitoria, professores e acadêmicos de diversos cursos, e pela comunidade através de educadores de ensino religioso, jovens de diferentes carismas e denominações religiosas e ideológicas, como também pais e demais pessoas interessadas em aprofundar o seu conhecimento no tema. Por meio da conferência de Tada, eles puderam perceber que é possível dispor-se ao desafio de (re) conhecer o outro e dialogar sobre suas diferenças e contribuir com vista ao bem-estar social e superação das intolerâncias. Entre os percalços estão os fundamentalismos existentes na sociedade, sensações de pertença política, econômica e intelectual. Para o mestre em Ciências da Religião, essas barreiras são superadas a partir do momento em que as pessoas passam a buscar o caminho da alteridade, ou seja, que interajam e se coloquem no lugar do próximo. “É necessário conhecer a cultura do outro, e conhecendo, é necessário respeitar. Porque o respeito ao outro é o respeito a si próprio. Que não julguemos tanto assim. Ser o outro não é nada diferente do que ser a si próprio”, destaca Tada. Na abertura da palestra, o vice-reitor e pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates, Carlos Cyrne, explicou que o desejo de abordar a questão da inter-religiosidade na instituição já existia, mas somente agora foi possível por meio da parceria com a Pasune. “Nós temos que fazer as pessoas enxergarem que nem tudo é ciência, que há espaço para transcendência”, considera Cyrne. A coordenadora da Pasune, Edoarda Scherer, esclareceu sobre a atuação da pastoral junto às problemáticas atuais e disse que o ciclo de palestras foi desenvolvido visando a atingir toda a comunidade do Vale do Taquari. Igreja Católica será abordada dia 28 A próxima palestra vai ocorrer no próximo dia 28 e terá como tema "Igreja Católica Apostólica Romana", sendo que será abordada a partir de seu contexto histórico, sua contribuição social e desafios frente à superação das intolerâncias religiosas. Abordarão o assunto o padre Eduardo Haas e o seminarista Gabriel Bagatini. A programação completa e mais informações estão disponíveis no site www.univates.br/debate-ecumenico.

Camila Pires, integrante PASUNE, REJU Sul.

sábado, 25 de maio de 2013

Segundo Encontro do Ciclo de Palestras "Ecumenismo e Inter religiosidade: visões e debates"





A Pastoral Universitária Ecumênica (Pasune) e o Centro Universitário Univates promovem, no próximo dia 28, a segunda palestra do ciclo “Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates”. O tema, “Igreja Católica: para além de um único olhar”, será abordado pelo padre Eduardo Haas e seminarista Gabriel Bagatini. A atividade ocorre, a partir das 19h15min, no auditório do prédio 11 da instituição de ensino. 
Mais cinco programações serão realizadas no decorrer deste ano, sendo a próxima no dia 26 de junho. Neste encontro, estarão em pauta questões referentes à Doutrina Espírita. Na sequência, as palestras serão sobre as Igrejas Luterana (IECLB) e Anglicana (IEAB), religiões de matriz africana e a mobilização ecumênica e inter-religiosa no país.  
O ciclo de palestras “Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates” tem como objetivos conhecer a trajetória histórica das religiões e crenças, dialogar a respeito da contribuição para a sociedade e debater sobre a superação das intolerâncias. Os eventos são gratuitos e abertos a estudantes da Univates e comunidade em geral. As inscrições podem ser feitas através do site www.univates.br/eventos. Mais informações pelo portal www.univates.br/debate-ecumenico.


Camila Pires
PASUNE

Reju aborda gênero e juventude no Congresso Estadual de Teologia


A pastora luterana Márcia Blasi, do Programa Gênero e Religião da Faculdades EST, e a facilitadora da Rede Ecumênica da Juventude (Reju), parceira da FLD, Edoarda Scherer, abordaram o tema “Teologia e gênero – o que temos a dizer com nossos/as jovens?”, no dia 6 de maio, durante o Congresso Estadual de Teologia. O evento, realizado de 6 a 9 de maio na Faculdades EST, em São Leopoldo (RS), propôs como tema geral “O fazer evangelizador com as juventudes - Desafios para a Teologia e para a Igreja”.

Márcia lembrou a sua trajetória dentro das discussões de gênero e da teologia feminista na IECLB e na EST e apontou as mudanças significativas e as conquistas das mulheres dentro da teologia e nos espaços eclesiásticos. Sem esquecer-se de indicar os desafios do presente, fez um alerta sobre a ideia equivocada de que as diferenças de gênero já estão superadas e, por isso, não haveria mais a necessidade de discutir o tema. Edoarda reforçou as reflexões da pastora Márcia ao compartilhar experiências pessoais como estudante de Direito. Falou sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em uma área que durante muito tempo esteve direcionada à formação de homens e pouco frequentada por mulheres. Fez uma breve apresentação da REJU e da sua abrangência geográfica além do perfil dos/as participantes nas diferentes regiões brasileiras.

Ao falar sobre juventude e gênero, Edoarda enfatizou a necessidade de desconstrução de conceitos e preconceitos, fruto de um senso comum arraigado em nossa sociedade. “Para romper com senso comum é necessário se dar conta de que algo está errado, isso é uma percepção pessoal. A partir de então, adotar uma nova postura frente ao que nos foi ensinado desde a infância”. Segundo Edoarda, mudar a postura também requer uma intervenção externa e um olhar apurado sobre a realidade das mulheres e meninas vítimas do machismo, para que possam ter outra visão de mundo.

Após a fala das expositoras, abriu-se um espaço para perguntas, questionamentos e contribuições. No público presente havia pessoas de diferentes faixas etárias e representantes de vários centros de formação teológica no Rio Grande do Sul, como La Salle, Itepa, EST, ESTEF, PUC, SETEK, entre outros. Durante o evento, o moderador desse painel, professor e teólogo André Musskopf, realizou uma oficina sobre os encontros de Teologia Feminista no RS. Musskopf coordena o Núcleo de Pesquisa de Gênero – NPG/EST.

Fonte:

sábado, 4 de maio de 2013

REJU apoia a realização do Ciclo de Palestras Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates






Confira detalhes do primeiro encontro:

Pasune e Univates Ciclo de palestras inicia com abordagem sobre desafios da inter-religiosidade




Iniciou-se nesta terça-feira, dia 30, o ciclo de palestras “Ecumenismo e Inter-religiosidade: visões e debates”. A iniciativa, que é realizada pela Pastoral Universitária Ecumênica (Pasune) e Centro Universitário Univates com o apoio da CNBB Sul III/ Credeir, Conic RS e Reju, visa a abordar a trajetória das religiões e crenças existentes, dialogar a respeito da contribuição delas para a sociedade e debater sobre a superação das intolerâncias. A palestra inicial teve como foco os desafios para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso no século XXI, os quais foram expostos pelo teólogo e mestre em Ciências da Religião, Elton Vinicius Sadao Tada. Segundo ele, o ecumenismo diz respeito àquilo que está dentro do cristianismo, já o diálogo inter-religioso está voltado para o que está fora deste contexto. “O outro também quer dialogar. Mas, será que demos abertura a ele?”, questionou. Tada compartilhou com o público de cerca de 40 pessoas, formado por diferentes setores da comunidade acadêmica, como reitoria, professores e acadêmicos de diversos cursos, e pela comunidade através de educadores de ensino religioso, jovens de diferentes carismas e denominações religiosas e ideológicas, como também pais e demais pessoas interessadas em aprofundar o seu conhecimento no tema. Por meio da conferência de Tada, eles puderam perceber que é possível dispor-se ao desafio de (re) conhecer o outro e dialogar sobre suas diferenças e contribuir com vista ao bem-estar social e superação das intolerâncias. Entre os percalços estão os fundamentalismos existentes na sociedade, sensações de pertença política, econômica e intelectual. Para o mestre em Ciências da Religião, essas barreiras são superadas a partir do momento em que as pessoas passam a buscar o caminho da alteridade, ou seja, que interajam e se coloquem no lugar do próximo. “É necessário conhecer a cultura do outro, e conhecendo, é necessário respeitar. Porque o respeito ao outro é o respeito a si próprio. Que não julguemos tanto assim. Ser o outro não é nada diferente do que ser a si próprio”, destaca Tada. Na abertura da palestra, o vice-reitor e pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação da Univates, Carlos Cyrne, explicou que o desejo de abordar a questão da inter-religiosidade na instituição já existia, mas somente agora foi possível por meio da parceria com a Pasune. “Nós temos que fazer as pessoas enxergarem que nem tudo é ciência, que há espaço para transcendência”, considera Cyrne. A coordenadora da Pasune, Edoarda Scherer, esclareceu sobre a atuação da pastoral junto às problemáticas atuais e disse que o ciclo de palestras foi desenvolvido visando a atingir toda a comunidade do Vale do Taquari. Igreja Católica será abordada dia 28 A próxima palestra vai ocorrer no próximo dia 28 e terá como tema "Igreja Católica Apostólica Romana", sendo que será abordada a partir de seu contexto histórico, sua contribuição social e desafios frente à superação das intolerâncias religiosas. Abordarão o assunto o padre Eduardo Haas e o seminarista Gabriel Bagatini. A programação completa e mais informações estão disponíveis no site www.univates.br/debate-ecumenico.


Camila Pires
Acadêmica de Jornalismo, Univates
Integrante da PASUNE, REJU Sul - RS


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Movimento 18 Razões para a NÃO redução da maioridade penal

Tema de luta histórica de entidades governamentais e não governamentais - campanhas, grupos, redes, pastorais, conselhos - ligadas, sobretudo aos direitos da criança, do adolescente e da juventude -, a redução da maioridade penal volta à cena brasileira com força. Depois de movimentação no Senado e na sociedade civil a favor que adolescentes em ato infracional a partir dos 16 sejam presos em celas comuns, militantes preparam reação em todos os Estados.

A Proposta de Emenda Constitucional - PEC-33, por exemplo, de autoria do Senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), defende a redução em casos de crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo. A PEC está na Comissão de Constituição e Justiça (CJJ) do Senado Federal. Se aprovada, será inconstitucional no entendimento de vários juristas brasileiros, pois os artigos de defesa dos direitos da criança e do adolescente são considerados cláusulas pétreas – que não podem ser modificadas.

O Movimento 18 Razões para a NÃO redução da maioridade penal nasce, sobretudo, da articulação de 14 entidades defensoras dos direitos da criança, do adolescente e da juventude em resposta à sociedade às movimentações a favor da culpabilização e punição que não diminuirão a violência, discurso central dos que desejam a redução. O 18 Razões acredita que somente as ações realizadas com a sociedade civil organizada e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas, a violência vai diminuir.

O 18 Razões divulgará ao longo de março os motivos pelas quais as entidades acreditam que qualificaria o debate marcado por um discurso agressivo. Entre eles, a não redução da violência; ao não cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente; que prevê seis tipos de medidas socioeducativas já a partir dos 12 anos; ao alto índice de reincidência nas prisões brasileiras em 70%, entre outros.

Além disso, compromete a imagem do Brasil com compromissos assumidos internacionalmente. Em 1990, o país assinou a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) assumindo tratamento diferente, em relação aos adultos, em atos infracionais envolvendo crianças e adolescentes. A proposta de mudança também tem repúdio de diversas organizações como recentemente se manifestaram a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Fundação Abrinq. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente também é contrário à redução.

Para fazer adesão ao Movimento é só acessar AQUI e preencher o cadastro de adesão! 
Junte-se a nós!


Fazem parte do Movimento 18 Razões

- Ação Educativa
- Cedeca Sapopemba-SP
- Ciranda Internacional da Comunicação Compartilhada 
- Conselho Regional de Psicologia 
- Defensoria Pública do Estado de São Paulo
- Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso-Brasil)
- Juventude do Partido Pátria Livre (JPL)
- Pastoral da Juventude (PJ)
- Rede de Juventude Ecumênica (REJU)
- Serviço de Medida Socioeducativo em Meio Aberto Centro Comunitário Castelinho
- União da Juventude Socialista (UJS)
- União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP)
- União Municipal dos Estudantes de São Paulo (UMES-SP)
- Viração Educomunicação


Mais informações:
Bruno Ferreira (Viração Educomunicação)
(11) 3567-8687 – bruno@viracao.org

Kathia Dudyk (Flacso-Brasil)
(11) 98585 – 6507 – kathiadudyk@flacso.org.br

Thaís Chita (Flacso-Brasil)
(11) 98224 – 8202 – thais.chita@gmail.com

terça-feira, 16 de abril de 2013

REJU apoia a aprovação do Estatuto da Juventude

Fórum Ecumênico emite nota contra o estabelecimento de cotas para a meia-entrada cultural
FEACT Brasil



Pela aprovação do Estatuto da Juventude sem cotas para a meia-entrada cultural!

Juventude Ecumênica na JMJ




Estiveram reunidos nos dias 04 e 05 de abril na sede da Cáritas Brasileira, em Brasília/DF, representantes da Pastoral da Juventude (PJ), Juventude Franciscana (JUFRA), Cáritas Brasileira, Rede Ecumênica da Juventude (REJU), Cajueiro, Pastoral da PUC/RJ e a Irmandade dos Mártires da Caminhada.
A reunião teve o objetivo de planejar, articular e sistematizar a proposta da Tenda dos Mártires: Juventudes e Profecias, que acontecerá no período de 23 a 26 de julho na cidade do Rio de Janeiro, na Jornada Mundial da Juventude. 
Num primeiro momento foi feito um levantamento das expectativas, desejos e sonhos para essa tenda em parceria com a organização da Presença Franciscana na JMJ, visualizando os espaços onde serão construídas as atividades e reflexões propostas por essas entidades. 

O desejo do grupo convergiu para um trabalho coletivo de marcar uma proposta de uma igreja jovem, profética, missionária, orante e martirial, aberta aos grupos e diversidades juvenis. Fazer a memória dos Mártires e da vida das juventudes ajuda a pensar na luta pelos direitos, justiça e paz.
O lançamento da programação da Tenda dos Mártires: Juventudes e Profecias será no dia 30 de abril, onde as entidades irão divulgar as atividades previstas.

Para maiores informações e parcerias: